02/06/2009

VISITA DE ESTUDO

No dia 27 de Maio, nós, alunos do 2º A da Escola da Sequeira realizámos a nossa visita de estudo.

Depois de todas as recomendações dadas pelos nossos pais, lá fomos nós todos bem dispostos. Viajámos de autocarro até à Covilhã. Entrámos no Museu de Lanifícios e vimos instrumentos antigos. Na sala de recepção havia cadeiras e o senhor Carlos, que foi o nosso guia, mandou-nos sentar e colocou um vídeo que falava e explicava aquilo que nós íamos ver. Quando terminou o filme, fomos visitar o Museu. Ficámos a saber como funcionavam as máquinas, como se tosquiavam as ovelhas, como a lã se transformava em fio e como era tingido.

O guia disse-nos que o Museu tinha sido inaugurado no ano de 1992 e se encontra no meio das instalações da Universidade da Beira Interior.

Em 1764, naquele espaço, funcionava uma fábrica de tinturaria e foi fundada pelo famoso Marquês de Pombal.

Este Museu foi feito para as pessoas poderem ver o trabalho que era feito na zona da Covilhã, naquele tempo. Assim, é feita uma reconstituição dos processos de fabrico e tingimento dos tecidos de lã.

Começámos por ver o trabalho feito com a lã: primeiro tira-se a lã, depois é preciso lavá-la, desfiá-la com as cardas, penteá-la com os pentes para fazer o fio e, com esse fio, são feitos os panos.

Vimos amostras de lã suja, lã lavada, lã cardada e lã penteada.

Ao lado, foi-nos mostrado pedaço de candeeiro que servia de iluminação e um relógio de sol.

Vimos as cardas que serviam para desfiar a lã; no início trabalhavam em pé depois inventaram a carda manual de cavalete e esta era muito melhor pois podiam fazer o trabalho sentados. Ao lado estava uma roda de fiar de pedal onde a lã era desfiada. Tiravam o fio e metiam na caneleira para encher a canela. Os bancos eram pequenos pois este trabalho era feito por crianças que ali estavam (crianças órfãs ou abandonadas) e tinham entre oito a doze anos. Entregavam as canelas aos tecelões que trabalhavam no tear.

O guia chamou a nossa atenção para uma foto que tinha a rua onde nos encontrávamos e datava do princípio do século XX. Aí já funcionava como quartel. Vimos o registo da relação de operários da real fábrica do Capitão Simão Pereira da Silva, no ano de 1803.

Ao lado estavam os poços onde eram mergulhados os panos. À água deitavam-lhe corantes e era aquecida com lume. Cada poço levava cerca de cinco mil litros de água e essa água vinha, como é lógico, da serra da Estrela e passava por um túnel. Seguidamente, passámos por um corredor e encontrámos pedaços de tubo muito antigos e fomos informados que utilizavam caleiras em pedra para fazer o transporte da água. Nessa sala, chamada tinturaria das lãs em meadas, tingiam os fios; os operários rodavam as canas para o fio ficar todo da mesma cor. Pudemos observar onde se tingia a cor vermelha. Também ficámos a saber que o uso do anil (índigo) propagou-se quando a marinha portuguesa descobriu o caminho marítimo para as Índias pelo cabo da Boa Esperança. Foi-nos mostrado um tear mais pequeno onde faziam os panos mais estreitos. Os panos que saíam daí eram levados para junto das ribeiras, batidos com uns pedaços de madeira, secavam ao sol e esticavam.

Ao lado, encontrava-se uma vitrina com lã de ovelha, tesouras para tosquiar, sacas onde era metida a lã, a agulha (de cana) para coser a saca, a balança, o maço (de maçar linho), a lançadeira, a candeia de azeite, amostras de pano… O guia informou-nos que as sacas eram levadas para a rua Peso da Lã e aí a lã era pesada e vendida.

O guia também nos disse que a pedra do Museu foi aproveitada do terramoto que houve em 1755.

Saímos do Museu e estivemos a brincar no pátio. Depois seguimos para o parque de merendas, almoçámos e brincámos.

Voltámos a entrar no autocarro mas só andámos um bocadinho pois descemos no miradouro para apreciar a bela paisagem da Covilhã. Depois é que viajámos até a Torre. Pelo caminho ainda vimos uns bocados de neve. Impressionante! Brincámos no ponto mais alto de Portugal Continental e tivemos uma vista espectacular da serra da Estrela.

No regresso passámos por Seia e estivemos a lanchar no parque. Por fim, tivemos direito a um gelado.

Foi uma visita interessante e agradável.

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2.º ANO TURMA A

EB 1 DA SEQUEIRA

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