Os meus avós disseram que antigamente poucas pessoas iam à escola. O meu avô só andou na primeira e segunda classe e a avó fez até à 4.ª classe, que é agora o nosso quarto ano. O meu avô tinha que ajudar os pais na quinta e então teve que sair da escola. Ele tinha muitos irmãos, eram 7. Na hora das refeições comiam todos do mesmo prato, ou seja era posto um prato com azeite no centro de uma mesa de pedra e todos molhavam as batatas no azeite. Às vezes comiam batatas com azeitonas, outras vezes sardinha, em que uma sardinha era dividida por 3 pessoas. Mais tarde matavam o porco e aí já comiam carne de porco.
Brincar quase que não tinham tempo, mas ainda se lembra de jogar ao espeto (tentar conquistar o mundo num círculo) e ao berlinde, que eram pedrinhas pequenas ou bogalhas.
A roupa era pouca, havia uma farda só para os Domingos. Era quase lavar e vestir.
O calçado que usavam eram os tamancos que por baixo eram de madeira com uns broxos.
Alguns versos que o meu avô me disse foram:
Sonhando com a lotaria A criada Felizbela Pensou um certo dia Ir comprar uma cautela. Pó de arroz, ruge e baton Carinha toda pintada E de malinha na mão Já não parece criada. Se é criada ou patroa Não se sabe afinal E se criada parece Conhece-se pelo avental. _______________________ “A menina bonita Não chega à janela Que um bicho muito feio Carrega com ela, Se queres ovos verdes Arroz com canela Menina bonita Não chega à janela” “Semeei no meu quintal Sementes de ovos doces Nasceu um burrinho branco Respingando e dando coices”. | Lenga-Lenga “Amanhã é domingo Pão com pingo Galo Francês Pica na rês A rês é mansa Vai pr’a França Se ela tornar a voltar Volta a picar O burro é de barro Pica no jarro O jarro é fino Pica no sino O sino é de ouro Pica no touro O touro é bravo Pica no fidalgo O fidalgo é valente Mete 3 homens |
Alunos do 3.º Ano de Escolaridade
EB 1 da Sequeira
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