16/02/2009

“A hora do conto” na nossa escola

No dia 10 de Fevereiro, convidámos os alunos da E.B. 1 e do J.I. de Casal de Cinza para virem participar na nossa actividade do “Conto”.

Escolhemos uma lenda árabe intitulada: “ Dois amigos”, para apresentar.

Primeiro, fizemos uma dramatização, de seguida formámos a roda da amizade e cantámos com todos os meninos. Por fim desenhámos e escrevemos sobre a parte que mais gostámos.

À hora do intervalo, confraternizámos todos, comendo um delicioso lanche.

Foi uma manhã muito agradável e aprendemos a dar mais importância à amizade.

O CONTO

Dois amigos

Dois amigos viajavam pelo deserto, caminhando em amena conversa, apesar do sol abrasador. Um deles, porém, sentindo-se contrariado pelo outro, encetou uma discussão. Erguia a voz, gesticulava e pouco faltou para insultar o companheiro. Em dado momento da contenda, não resistiu e esbofeteou-o

Admirado clip_image001e ofendido, mas sem nada dizer, o amigo baixou-se e escreveu na areia: Hoje o meu melhor amigo bateu-me no rosto.

Seguiram viagem, tristes e em silêncio. Absortos nos seus pensamentos, fixavam os olhos num ondulante horizonte de dunas e já caminhavam com dificuldade sob o ardor do sol. Até que avistaram um oásis verde, emergindo da areia escaldante do deserto Mais aliviados à sombra das tamareiras, resolveram banhar-se, comer e pernoitar no local.

Afastou-se um para recolher galhos com que pretendia acender um pequeno fogo. E o que tinha sido esbofeteado despiu-se, mergulhou na lagoa do oásis e principiou a refrescar-se. Contudo, passados minutos, perdeu o pé. E em breve se afogaria, não fosse a ajuda do amigo que, ao escutar os gritos, largou tudo e acorreu ao chamamento, mergulhando na lagoa e arrastando o companheiro para a margem.

Quando ao fim de algum tempo, este se sentiu recuperado, pegou num estilete, dirigiu-se a uma pedra e nela escreveu: Hoje o meu melhor amigo salvou-me a vida.

Intrigado, o outro perguntou:

- Porque é que, depois de te bater, escreveste na areia, e agora, que te salvei, foste escrever na pedra?

A sorrir, o outro respondeu:

- Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia, onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar as palavras. Quando porém, faz por nós alguma coisa de verdadeiramente nobre, ah... aí devemos gravar as palavras na pedra da memória e do coração, onde nenhum vento do mundo as poderá apagar.

E assim se acharam reconciliados. E comeram, beberam e conversaram alegremente. Depois puseram-se a contemplar a Lua e as estrelas até o cansaço os vencer. E mergulharam, por fim, num sono profundo e retemperador.

( lenda árabe recontada por João Pedro Mésseder)

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Alunos da E.B. 1 de Carpinteiro

1 comentário:

davide disse...

Bonita iniciativa!
Estão de parabéns.